Estou preparando o conteúdo para uma palestra que darei neste mês de maio sobre o uso do ChatGPT. Também estou organizando uma mentoria sobre interação com IA generativa e construção e uso de GPTs customizados. E nesses momentos, quando preciso traduzir conceitos técnicos em algo útil e acessível, volto sempre a uma questão essencial: a forma como entendemos e interagimos com a IA faz toda a diferença.
Por isso, não canso de repetir meu mantra [que você já leu algumas vezes aqui na newsletter]: Não peça, interaja. E por uma razão muito simples: ainda tem muita gente que abre o ChatGPT esperando respostas prontas, diretas e mágicas, tipo gênio da lâmpada. Faz uma pedido qualquer e, se a resposta não vem perfeita, desiste da ferramenta. É o equivalente digital a colocar uma pergunta em um oráculo — e se frustrar porque ele “não entendeu”. Ele? Como pergunto para o ChatGPT de vez em quando, tem certeza?
A meu ver, o problema está na abordagem do usuário. Tratar a IA como uma caixa-preta milagrosa, que deve nos dar “a resposta certa” de primeira, é o caminho mais curto para a frustração. Porque a IA generativa — especialmente o ChatGPT — não foi feita para adivinhar intenções ocultas ou interpretar comandos vagos. Todo interação precisa de pistas. De clareza, objetividade e contexto. Ou seja, de uma conversa estruturada.
Essa “expectativa de mágica” pode ter diferentes origens. No próprio desconhecimento sobre a ferramenta e a concepção da IA generativa. Mas muitas vezes é uma herança dos mecanismos de busca: você digita algo e espera que o sistema “acerte”. Mas IA generativa, por mais que ofereça a função busca e Deep Research, é mais que uma pesquisa em um buscador. É construção. E construção exige envolvimento, tijolo por tijolo.
“Método-trilha” de interação
Nas minhas consultorias, falo sobre o “método-trilha” de interação, uma forma mais próxima de conversar com a IA, em vez de apenas lançar prompts secos. Nesta forma de interagir, o usuário explica o que está tentando fazer, fala sobre sua área e rotina, seu perfil profissional, dá exemplos, ajusta, corrige, pergunta de volta, explora possibilidades, estressa a IA e quer saber o que está sendo assimilado ou aprendido. A diferença no resultado é acima da média.
Quando interagimos com a IA como quem constrói junto — e não como quem cobra respostas — o retorno melhora. A IA entende melhor o contexto. A experiência se torna menos robótica, mais útil. Mais próxima da realidade de quem está usando. Enem estou falando de uma relação bajuladora, ok
E, não por acaso, nesse processo, aprendemos também sobre nosso próprio jeito de trabalhar. Fica mais claro o que esperamos. Fica mais óbvio o que precisa melhorar.
Por isso, repito: a tecnologia está aí, cada vez mais inteligente, funcional e acessível. Mas o diferencial real está na cultura de uso. Na postura. Na disposição para construir junto. Não é sobre pedir. É sobre interagir.
A IA aprende. Você também.
Quer saber mais sobre o “método-trilha” de interação? Chame aqui.
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NO GEMINI
VEO liberado
O VEO, gerador de vídeos por texto do Google, foi finalmente liberado na minha conta no Gemini. E se você tiver oportunidade de testá-lo [disponível na versão paga], certamente terá a mesma opinião que a minha: resultado de muita qualidade.
Na comparação com o SORA, da OpenAI, vi uma melhor definição e precisão nos vídeos que criei com VEO mesmo sem um prompt muito elaborado. Pelo contrário. No exemplo abaixo, pedi simplesmente para mostre um homem com um balão ou bexiga no lugar da cabeça andando de bicicleta no centro da cidade.
Pegou a referência?
Leia também:
NO CHATGPT
Baixe o PDF
Começando a propagar entre os assinantes do ChatGPT a opção de fazer o download de um PDF do resultado gerado pela IA. Tem utilidade. Atualmente, uso uma extensão do Chrome [Fireshoot] que permite captura página inteira e gerar um PDF. Esperando chegar a novidade por aqui.
NO MANUS
Entrei, mas ainda não usei
Chegou ontem (12) o convite para acessar a Manus, mais nova sensação entre as plataformas de IA generativa. Por enquanto, acessei, espiei, mas ainda não fiz nenhuma ação até para não queima créditos.
Como linkei na edição passada, Manus executa tarefas com autonomia total [e isso ainda não me convence; prefiro a autonomia do usuário] e estava sendo critica por apresentar limitações. A conferir.
Deixe na caixa de comentário o que quer saber sobre Manus.
ECONOMIA E NEGÓCIOS
Mais empresas com IA no CNPJ
O Brasil está vivendo uma verdadeira explosão de negócios ligados à Inteligência Artificial. De acordo com o estudo “CNPJs do Brasil”, produzido pela datatech BigDataCorp e divulgado pela revista Época NEGÓCIOS, o número de empresas com termos como “IA” ou “Inteligência Artificial” no nome cresceu 857% entre 2023 e 2025 (de 142 para 1.209).
A pesquisa analisa dados de CNPJs e domínios de internet relacionados à tecnologia e aponta que a IA deixou de ser uma aposta para se tornar realidade em empresas de todos os portes.
Total de empresas de IA no Brasil em 2025: 2.099 CNPJs ativos.
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Mercado de trabalho
Inteligência artificial começa a substituir os empregos que ela mesma criou [Fast Company]
RELATÓRIO DA ONU
Destravando com a Inteligência Artificial
O relatório “Uma Questão de Escolha: Pessoas e Possibilidades na era da Inteligência Artificial”, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), traz um alerta contundente: o progresso do desenvolvimento humano global desacelerou de forma inédita desde 1990. As projeções para 2024 revelam um cenário de estagnação, agravado pelas desigualdades crescentes entre países com alto e baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Mas em meio à crise, o uso estratégico da Inteligência Artificial é apontado como alavanca para destravar novos caminhos. Segundo o relatório, a IA — embora não seja uma “solução mágica” — pode oferecer ferramentas cruciais para reimaginar políticas públicas e modernizar áreas-chave como saúde, educação e trabalho.
A pesquisa que acompanha o relatório reforça esse otimismo:
60% dos entrevistados acreditam que a IA impactará positivamente suas ocupações; e
70% dos respondentes em países com IDH baixo esperam ganhos de produtividade já no próximo ano.
Isso sinaliza que, com decisões centradas nas pessoas, a IA pode transformar o desafio atual em oportunidade concreta.
📎 Leia mais e acesse o relatório completo.
ASPAS
Novos desafios
“Em nossos dias, a Igreja oferece a todos o tesouro de seu ensinamento social em resposta a outra revolução industrial e aos desenvolvimentos no campo da Inteligência Artificial que representam novos desafios para a defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho”.
Papa Leão XIV, em seu primeiro encontro formal com os cardeais após assumir o papado. Ao explicar a escolha do seu nome, ele fez um paralelo com o período histórico em que o Papa Leão XIII comandou a Igreja Católica [de 1878 até sua morte em 1903] e abordou “a questão social no contexto da primeira grande revolução industrial”.
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