Na semana que passou, a OpenAI ganhou manchetes animadas por conta do lançamento de novos modelos de Inteligência Artificial [leia mais abaixo]. Mas o que também chamou atenção foram as reportagens sobre o caixa da empresa e a perspectiva de aumento no valor da assinatura do ChatGPT, que certamente tornaria inviável o acesso do usuário comum à ferramenta.
🙋♂️🤖 Imagem gerada pelo DALL-E do ChatGPT.
Atualmente, a assinatura do ChatGPT Plus custa US$ 20 mensais, mas de acordo com o site The Information, a OpenAI considera elevar esse valor para até US$ 2.000 mensais em alguns planos avançados, especialmente aqueles voltados para empresas. Essa alta de inacreditáveis 9.900% reflete, segundo a reportagem, os custos que a empresa enfrenta para manter a operação, estimados em cerca de US$ 700 mil por dia com a infraestrutura do ChatGPT, somando até US$ 7 bilhões anuais.
No entanto, a conferir o desenrolar desse [até aqui] suposto aumento e seu alcance na base de assinantes [chegaria aos usuários comuns ou somente outras modalidades?], US$ 20 por mês [em média, R$ 100 ou cento e poucos] não é barato e ainda há dúvidas sobre qual o real retorno do investimento. Ouvi perguntas sobre isso nas consultorias e oficinas que ministro e a resposta que dou é que sempre depende do que a empresa faz e do que busca com o uso da IA generativa.
No meu caso, investimento tem sido recompensado pela oportunidades geradas a partir do aprendizado que obtenho sendo usuário do ChatGPT Plus. Com acesso à funcionalidades como a construção de GPTs customizado, crio os meus para saber criar para meus clientes e disso tenho atingido o retorno da assinatura com alguma folga.
Agora, se 20 virar 100, 200, 300 dólares, teremos uma barreira financeira difícil de ser ultrapassada e será inevitável recorrer a outras IAs generativas e até migrar para Claude e Gemini, sem as mesmas funcionalidades do ChatGPT, mas já com alguma eficiência para determinadas tarefas. Ou seja, se ainda não testou, acesse e avalie os concorrentes da OpenAI para saber se atendem suas demandas.
Caminho sem volta
O uso da IA generativa é um caminho sem volta, mas ainda precisa dar mais alguns passos para se consolidar e ampliar sua base de usuários. No caso do ChatGPT, são quase dois anos desde a chegada ao mercado em novembro de 2022 e mesmo com tantos avanços, será mesmo a hora de resolver seus problemas de caixa inviabilizando o acesso dos atuais e dos futuros usuários?
Acredito mais na possibilidade de adoção de um modelo pago com assinatura maior que a atual, mas longe de ser proibitiva, e com mais restrições além do número de interações [limitar o número de GPTs customizados criados por conta, por exemplo].
De todo o modo, a se confirmar o cenário apresentado pelo The Information, o que antes era uma escolha lógica — utilizar o ChatGPT pela sua liderança — passaria a ser baseada numa equação financeira para o usuário comum e a fidelidade à ferramenta da OpenAI estaria diretamente relacionada ao quanto o consumidor estará disposto a pagar.
A agenteGPT conta com a opção de assinatura paga da newsletter[apenas R$ 10,00 mês ou assinatura anual com desconto] no modelo não-obrigatório. Ou seja, você ainda consegue acessar o conteúdo gratuitamente, mas quem dá seu apoio financeiro, além do incentivo extra para que eu continue produzindo a newsletter, terá acesso ao arquivo completo da agenteGPT e receberá conteúdos exclusivos com foco em dicas para melhor uso de ferramentas como ChatGPT e Gemini.
A OpenAI lançou o OpenAI o1-preview, uma nova versão de seus modelos de Inteligência Artificial que se destaca pela capacidade de raciocinar com mais profundidade e precisão, prometendo resolver problemas complexos, como matemática avançada e programação, com maior eficiência. Em testes da Olimpíada Internacional de Matemática, por exemplo, o o1-preview acertou 83% das questões, superando amplamente o desempenho do GPT-4.
Além de mais inteligente, o OpenAI o1 é projetado com foco em segurança, implementando proteções mais robustas contra tentativas de violação, como o jailbreaking. A OpenAI está colaborando com especialistas dos EUA e Reino Unido para garantir um uso responsável e seguro da IA.
O o1-preview já está disponível para assinantes do ChatGPT Plus e Team e desenvolvedores via API. Para ampliar o acesso, foi lançada também a versão OpenAI o1-mini, mais leve e acessível para quem deseja explorar suas capacidades sem os custos da versão completa [para usuários da API].
Embora algumas funcionalidades, como acesso à internet em tempo real e upload de arquivos, ainda não estejam disponíveis, atualizações futuras já estão previstas, expandindo ainda mais o potencial do modelo.
Este texto, identificado pelo uso dos emojis 🙋♂️🤖 ao lado do título, conforme regras da newsletter. gerado a partir de texto do blog da OpenAI, com edição agenteGPT a partir de resumo produzido pelo GPT customizado LabIA construído por agenteINFORMA dentro ChatGPT.
Sobre LabIA
LabIA é um laboratório de escrita eficaz e clara, ajudando a aprimorar a persuasão e estrutura dos textos. Deve focar na clareza e na eficácia comunicativa, assim como uma pessoa com “lábia” usa suas palavras para convencer e se fazer entender de maneira cativante. O GPT deve garantir que o texto do usuário seja persuasivo, fluido e adequado ao contexto, seja ele acadêmico, profissional ou criativo.
A imagem abaixo circulou no BlueSky e fui descobrir mais sobre a “revista do ChatGPT” que aparece no expositor.
A publicação é da editora britânica Anthem Publishing e é uma daquelas revistas de edição única tipo guia [como eram aquelas brasileiras da Ediouro e Europa].
Diz na apresentação que “o lançamento da IA generativa e a velocidade com que ela está mudando a maneira como fazemos as coisas podem parecer avassaladoras, mas nesta nova revista, mostramos a você como não apenas adotá-la, mas aprender a usá-la em todas as suas tarefas diária”. E na capa, além do destaque sobre como melhore sua vida com o ChatGPT, manchetes como:
Crie guias personalizados de TV, filmes e música
Aprenda um novo idioma com IA
Planeje ótimas férias e passeios de um dia
Ajude as crianças com o dever de casa
116 páginas de dicas e sugestões práticas
Conselhos de IA que mudam vidas
Lançada em julho de 2024, a revista não tem versão online, mas pode ser comprada no site da editora. Custa £ 16,99 ou R$ 104,48 [preço para o mercado internacional].
O avanço da Inteligência Artificial faz com que o jornalismo enfrente um desafio inevitável: como reportar de maneira crítica e responsável sobre essa tecnologia emergente, que traz benefícios, mas também riscos?
Em busca dessa resposta, o Programa Internacional para o Desenvolvimento da Comunicação (IPDC) da UNESCO, em colaboração com o Conselho Mundial de Ensino em Jornalismo (World Journalism Education Council), lançou “Reportagens sobre Inteligência Artificial – Um manual para educadores do jornalismo”.
A iniciativa é parte de uma série voltada à educação em jornalismo, com o objetivo de capacitar tanto profissionais quanto estudantes a reportar de forma ética, crítica e informada sobre as nuances da IA. Na visão da UNESCO, a Inteligêcia Artificial, com todos os seus impactos transformadores, exige um jornalismo que vá além do superficial, oferecendo uma análise crítica, bem fundamentada e acessível.
O manual aborda tópicos como:
Compreensão da IA e suas vertentes: abordando desde a IA simbólica até os sistemas mais avançados de aprendizado de máquina;
Oportunidades e riscos da IA: equilibrando os avanços tecnológicos com os possíveis impactos negativos;
Narrativas futuras: analisando como o jornalismo pode moldar os debates públicos sobre IA;
O papel do jornalista: como mediador de informações, garantindo que a cobertura da IA seja clara, precisa e responsável;
Metodologias inovadoras de reportagem: aproveitando técnicas como o jornalismo de dados e investigações mais profundas.
“Os analistas precisam entender que IA é um processo mudança, não uma tecnologia ou produto. O que pode estourar é a bolha do hype, das promessas vazias, de quem promete o que nem faz sentido. E, para ser sincero, não vejo a hora dessa bolha estourar mesmo. Só assim poderemos reorganizar as expectativas para a sociedade entender o que a IA pode ou não fazer, porque as mudanças já começaram.”
Diogo Ortiz, pesquisador, professor e colunista do UOL, em post no LinkedIn. Para ele, é impossível ignorar o fato de que a IA já está reconfigurando como trabalhamos, produzimos e consumimos informação. “E vai mudar ainda mais”, atesta.
Seguindo o modelo do ChatGPT, agora dá para interagir por voz com o Gemini no celular. Testei e gostei, mas adotar a voz em vez das mãos não é uma mudança tão simples [para mim, pelo menos]. Mas há que acompanhar a expansão no uso tanto no Gemini quanto no ChatGPT e conferir se isso poderá servir para criação de conteúdos em áudio ou vídeo. Como há variedade de vozes, um usuário poderá montar um podcast com vários “colaboradores” ou “correspondentes”, o que torna a edição muito mais criativa.
