0081 - Pesquisas sobre uso de IA estão dizendo o óbvio?
Adoção de ferramentas como ChatGPT já é uma realidade, mas ainda falta conhecimento para expandir as possibilidade de uso.
Se você tem acompanhado as edições da agenteGPT, deve ter notado que a editoria “pesquisa sobre uso de IA” anda movimentada e tem revelado o óbvio [que já se tornou inevitável]: a Inteligência Artificial generativa, como o ChatGPT, já é uma realidade na rotina de trabalho em diferentes áreas [do jornalismo ao judiciário]. E acredito que não seja mais uma tendência, mas sim uma necessidade.
Empresas, entidades, instituições e profissionais podem até resistir, mas é como nadar contra a corrente. Exagerado? Sinceramente, acredito que não. É uma visão realista, baseada no que mostram as pesquisas e na aderência que as IAs generativas têm em maior ou menor escala com determinados setores.
É o caso da área da comunicação, uma das mais beneficiadas pelo surgimento de ferramentas como o ChatGPT. E olha só [surpresa!], a pesquisa “Cultura de Dados, Mensuração e Inteligência Artificial na Comunicação” da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), em parceria com a Cortex, revela que 76% das empresas no Brasil já incorporam a IA em suas operações. E a área de comunicação das responde por 58% desse uso. Isso significa que mais da metade das organizações que adotaram a IA estão usando-a em suas estratégias de comunicação.
Agora, por que tanta adesão na comunicação corporativa?
O principal fator apontado pelas 100 empresas de diversos segmentos e locais do Brasil é o aumento de produtividade. Nada menos que 87% das empresas destacaram a economia de tempo proporcionada pela IA.
Veja outros usos apontados na pesquisa:
47% utilizam IA para criação de conteúdo.
32% utilizam IA para canais digitais.
40% utilizam IA para geração de insights.
39% utilizam IA para aumento de produtividade.
28% utilizam IA na combinação de dados.
32% utilizam IA para análise de dados.
21% utilizam IA para identificação de tendências.
18% utilizam IA para realização de pesquisas.
5% utilizam IA para projeção de resultados.
Mais conhecimento é necessário
Ainda que a IA esteja presente, a pesquisa também traz dados que mostra que há uma necessidade de maior conhecimento e entendimento de como funciona uma IA como o ChatGPT e quais possibilidade podem ser exploradas para expansão do seu uso.
Por exemplo, 55% das empresas disseram que sentem falta de um “toque humano” e de personalização. Neste caso, uma das opções poderia ser criar um GPT customizado instruído para executar uma tarefa baseado em determinado comportamento, estilo e tom e com o suporte de exemplos em sua base de conhecimento. Ficará mais fácil interagir e obter resultados com o toque desejado.
Resposta parecida pode ser dada para 56% das empresas mapeadas pela Aberje e Cortex que mostram preocupação quanto à desinformação e falta de precisão. Trabalhar com documentos selecionados é uma das formas de romper essa barreira, assim como compreender que todos os resultados gerados por qualquer IA generativa devem ser revisados e verificados.
Por fim, as questões jurídicas e éticas, que registraram 49% na pesquisa, merecem atenção recorrente e deve ser parte da rotina e certamente não saíram da pauta tão cedo. Por isso, reforçando, manter uma protocolo de uso sempre atualizado e compartilhado com todo setor é uma medida prioritária para garantir o bom uso da Inteligência Artificial.
Para onde estamos indo?
A pergunta que fica é: como equilibrar os benefícios de produtividade e eficiência que a IA oferece com a necessidade de manter o uso ético e responsável? O uso da Inteligência Artificial em setores como comunicação corporativa é inevitável, mas é essencial que as empresas adotem a IA de forma planejada e estratégica, sabendo onde a tecnologia pode agregar valor e que protocolos de diretrizes e supervisão humana são e serão sempre indispensáveis.
Com informações da Aberje, Meio&Mensagem e Martha Gabriel.
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PESQUISA
✨ IA da vida real
Um estudo da Talk Inc. mostra uma perspectiva sobre o uso da Inteligência Artificial entre brasileiros, destacando como a tecnologia tem sido integrada ao cotidiano das pessoas. “IA na vida real” foca o olhar no comportamento e nas interações diárias da população com essa tecnologia.
O estudo revela que, entre os 1.000 entrevistados:
63% já utilizam ou utilizaram produtos e serviços baseados em IA, como assistentes virtuais e ferramentas de recomendação personalizadas.
Entre os que utilizam a tecnologia, 65% afirmam aprender de forma autodidata, utilizando principalmente redes sociais como TikTok e Instagram, além de canais digitais de especialistas.
Enquanto 67% dos profissionais de empresas sem IA aprendem sozinhos, nas empresas que utilizam a tecnologia essa taxa cai para 54%.
O estudo aponta ainda que o uso da IA está rapidamente se tornando o novo normal. Embora muitos ainda usem IA de forma limitada, como em consultas ao ChatGPT, há uma crescente demanda por maior compreensão e melhor uso das capacidades dessa tecnologia.
📎 Acesse o link para receber o estudo.
IA E JORNALISMO
🙋♂️🤖 Elle no ChatGPT
A OpenAI voltou ao radar do setor de mídia com o anúncio na semana passada (dia 8) formalizando uma parceria com o grupo Hearst, que dará ao ChatGPT acesso ao conteúdo de 40 jornais e 20 revistas como ELLE, San Francisco Chronicle, Cosmopolitan, Esquire, Women's Health, entre outras publicações.
Os conteúdos serão verificados e mostrados com as devidas citações e links, tornando mais transparente o processo de entrega de informações, segundo comunicado distribuído pelas empresas. “À medida que a IA generativa amadurece, é essencial que o jornalismo criado por jornalistas profissionais esteja no centro de todos os produtos de IA”, afirmou Jeff Johnson, presidente da Hearst Newspapers.
📎 Leia mais.
Informações do site da Hearst com edição agenteGPT a partir de resumo do ChatGPT, identificado pelo uso dos emojis 🙋♂️🤖 ao lado do título, conforme regras da newsletter.
Acordos da OpenAI com grupos de mídia em 2024
Antes do acordo com a Hearts, a OpenAI havia fechado parceria com grupo italiano GEDI, que edita publicações como La Repubblica e La Stampa. Veja os outros acordos fechados em 2024.
Condé Nast
Time
Financial Times.
Le Monde.
PRISA Media (El País).
The Atlantic.
News Corp.
Vox Media.
Além do uso na base de conhecimento do ChatGPT, os conteúdos dos veículos também serão a fonte para o SearchGPT, o buscado da OpenAI, atualmente em fase de testes.
NOVIDADE
🔗 Página inicial renovada
E como escrevi na agenteGPT 0080 sobre as atualizações frequentes, essa foi mais uma na semana passada: a página inicial do ChatGPT ganhou um menu com sugestões para interações focadas no envio de anexo.
Fiz esse vídeo para mostrar como aparece. Muito prático e intuitivo e reforça a ideia de usar documentos de referência para diferentes tarefas.
Já testou?
🕵️🌍 Leia agenteINFORMA no Terra: Conheça o primeiro passo para desbloquear o potencial do ChatGPT
⚔ CONCORRÊNCIA
Imagem no Gemini
Google libera geração de imagens para todos os usuários [Olhar Digital]
Lá vem a Meta
Meta lança rival do ChatGPT integrado a WhatsApp, Instagram e Facebook [g1]
NOBEL
🏆 Bases premiadas
Dois cientistas que criaram as bases da IA ganham o Prêmio Nobel de Física [JN]
O britânico Geoffrey Hinton e o americano John Hopfield criaram as bases da inteligência artificial. Inspirados no cérebro humano, nos neurônios, eles construíram as chamadas “redes neurais artificiais” – uma espécie de cérebro das máquinas. É um sistema treinado para armazenar e recuperar memórias e para processar informações. Esse sistema – o “Machine Learning”, em português, “Aprendizado das Máquinas” – hoje é estudado no mundo todo.
📎 Leia mais sobre a premiação.
ASPAS
🤔 Direções
"A gente não está acostumado a ter tecnologias que não sejam simplesmente boas ou ruins, mas que têm capacidades em ambas as direções, que é maravilhoso e muito desconfortável".
John Hopfield, um dos ganhadores do Nobel de Física 2024, em declaração no ultimo dia 8, quando foi anunciada a premiação.
"Neste momento, o que estamos vendo são coisas como o GPT-4 superar uma pessoa na quantidade de conhecimento geral que ela tem, e a supera de longe. Em termos de raciocínio, não é tão bom, mas já é capaz de raciocínios simples. E, dado o ritmo de evolução, a expectativa é de que fiquem melhor rapidamente. Então, precisamos nos preocupar com isso."
Geoffrey Hinton, o outro ganhador do Nobel, considerado o “padrinho da IA”, em entrevista ao New York Times, em maio de 2023, explicando os motivos de seu pedido de demissão do Google, aos 75 anos.
📎 Leia reportagem sobre a demissão.
PARCERIA
UFSC e IBGE vão trabalhar em projetos de IA
Segundo o plano de trabalho, o acordo de cooperação técnica visa à conjugação de esforços entre a UFSC e o IBGE para propiciar a execução do projeto de pesquisa intitulado IBGE rumo à inteligência artificial: identificação de necessidades e concepção de estratégias de solução baseadas em inteligência artificial, ciência de dados e visão computacional.
SEM PRECONCEITO
IA na composição musical
A cantora e compositora Adriana Calcanhotto foi convidada pela Universidade de Coimbra, em Portugal, para realizar uma pesquisa sobre Inteligência Artificial na composição musical. Ao programa “Conversa vai, conversa vem”, do jornal O Globo, Adriana revelou seu interesse pelo tema e, para ela, a IA “não tem preconceito, moral” e pode criar misturas inesperadas que muitas vezes não seriam possíveis por um compositor humano devido a suas escolhas e influências pessoais. “Estamos num momento bem interessante da criação através dela”.
Embaixadora da instituição, com vínculo com a Faculdade de Letras, ela ampliará sua atuação acadêmica ao colaborar com o departamento de Ciências da universidade. A pesquisa ocorrerá no primeiro semestre de 2025.
Quer “brincar” de compor com IA? Acesse no ChatGPT: Eu, Lennon e McCartney.
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Saiba mais sobre GPTs personalizados:
💬 Consultoria, treinamento e monitoramento
Na página do monitorGPT no site da agenteINFORMA, você encontra as informações a contratação do serviço de construção de GPTs customizados.
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