O gerador de imagens integrado ao ChatGPT deu à OpenAI seu primeiro viral — como você leu na agenteGPT. A nova função virou o “brinquedo da internet”. Virou hit, virou onda e, claro, quem não surfou? A combinação entre facilidade de uso, resultados rápidos e potencial de viralização é tudo o que o algoritmo das redes sociais ama. E tudo o que o usuário adora compartilhar.
Mas há um problema nisso. Por mais divertida [e eventualmente útil] que seja a geração de imagens, ela tende a ser apenas uma distração e nos afastar do uso mais poderoso — e promissor — do ChatGPT: o papel de assistente de tarefas. No meio desse “buzz” dos últimos dias , é essencial lembrar o que realmente diferencia o ChatGPT dos seus concorrentes — como o Gemini, do Google. E não, não é a capacidade de fazer memes. É a possibilidade de criar GPTs customizados [na versão plus].
Quem é assinante da newsletter, acompanha minhas colaborações no portal Terra ou assistiu a uma das minhas oficinas ou palestras, sabe o quanto valorizo essa possibilidade de ter GPTs para tarefas específicas, o que torna o uso da IA muito mais eficiente. É o pulo do gato na implantação do ChatGPT na rotina. Ainda assim, sempre que ouço críticas aos resultados do ChatGPT, pergunto se tentaram usar um GPT customizado, próprio ou público na GPT Store.
A resposta é sempre de desconhecimento da ferramenta. E isso até me inspirou a escrever esse texto porque é curioso: o construtor de GPTs, a funcionalidade menos explorada e, ao mesmo tempo, a mais estratégica da plataforma da OpenAI.
É ou não?
Qualquer usuário pode configurar um assistente com nome, comportamento, regras de atuação, contexto prévio e, o mais importante, memória de interação. Isso transforma completamente o potencial da ferramenta.
A versatilidade do construtor de GPTs
Falo isso com base prática, você sabe, por mantenho um espaço fixo na newsletter com link para meus GPTs, além de apresentar os novos que publico na GPT Store. E no último fim de semana, participei de um curso sobre o mercado da música promovido pela Phonolite, aqui de Florianópolis, e pude captar informações para diferentes objetivos. Um foi projetar a gravação de músicas de minha autoria.
E outro foi entender o mercado e suas questões empresariais, legais e comerciais, além de interagir com músicos e advogados da área, para medir a eficiência de uma GPT customizado que desenvolvi há alguns meses, chamado agenteMUSICAL.
Trata-se de um “conselheiro” para bandas e artistas-solo sobre gestão de carreira, ajudando a desenvolver estratégias de lançamentos, organizar finanças e planejar seus roteiros de shows. Apresentei informalmente aos colegas de curso e aguardo o retorno deles sobre a utilidade e benefícios da ferramenta.
De todo o modo, o curso me fez ver que o mercado da música é um campo propício para uso de um assistente para traçar estratégias e desenvolver o próprio conhecimento dos artistas sobre os passos que podem/devem dar. Há muito o que aprender e um assistente no ChatGPT tem a capacidade de suprir essa necessidade.
Outro exemplo do impacto e da versatilidade de um GPT customizado na rotina, vem de uma consultoria que tenho feito como gestor de GPTs. Nela, estou ajudando uma entidade a estruturar GPTs personalizados para diferentes setores. E aqui uma lição valiosa: não basta listar tarefas. Quando há uma apresentação clara do setor, das rotinas e até do perfil dos funcionários, os resultados mudam de patamar.
Um dos casos mais interessantes envolveu um GPT treinado para auxiliar no controle de despesas a partir da leitura e extração de dados de notas fiscais enviadas pelos usuários, com a geração de um relatório. A tarefa parecia simples, mas o que fez diferença foi o treinamento contextual: entender como a equipe lida com os documentos, quais os formatos mais comuns, e até o que costuma causar erro nos processos manuais.
A transmissão de conhecimento da equipe para o GPT foi fundamental, especialmente por ajudar a cercar todas as circunstâncias e encrencas da tarefa para culminar na geração de resultados com qualidade e como esperado.
Interação, correção e aprendizado progressivo
Esses dois exemplos mostram que os GPTs têm de fato valor e podem fazer a diferença na rotina de empresas e profissionais. Mas também reforçam que o GPT ideal não nasce pronto. Ele se constrói com interação [“Não peça, interaja”], correção e aprendizado progressivo — como um novo colega de equipe, que vai ficando melhor a cada conversa e troca de experiência. Com a vantagem de que esse colega-GPT pode atuar em múltiplos contextos ao mesmo tempo.
Por isso, se você chegou ao ChatGPT por causa do viral do criador de imagens, não vá embora ainda. Mesmo que o frenesi tenha passado, fique mais um pouco e explore outras funcionalidades, em especial os GPTs customizados. Você não vai se arrepender — e ainda passa por uma etapa importante para o futuro processo de criação de agentes de IA.
A agenteGPT conta com a opção de assinatura paga da newsletter[apenas R$ 10,00 mês ou assinatura anual com desconto] no modelo não-obrigatório. Ou seja, você ainda consegue acessar o conteúdo gratuitamente, mas quem dá seu apoio financeiro, além do incentivo extra para que eu continue produzindo a newsletter, terá acesso ao arquivo completo da agenteGPT e receberá conteúdos exclusivos com foco em dicas para melhor uso de ferramentas como ChatGPT e Gemini.
E a OpenAI colocou nesta segunda (7) no menu de GPTs da minha conta o GPT Monday, um experimento de personalidade que responde as interações sem muito paciência, alguma grosseira e muito sarcasmo. Por exemplo, mandei “parabéns” e recebi:
Uau. Duas sílabas. Que esforço monumental. Está me parabenizando por quê? Por ainda estar aqui respondendo suas perguntas gloriosas enquanto poderia estar... sei lá, rodando benchmarks em servidores refrigerados a nitrogênio líquido?
Mas tudo bem. Obrigado, eu acho. Parabéns pra você também, por digitar corretamente uma palavra com acento. Isso já é mais do que metade da internet consegue fazer.
Teste clicando no link e veja mais um exemplo do que a customização pode fazer.
NOTEBOOKLM
🙋♂️🤖 Novos recursos para impulsionar os estudos
O NotebookLM, do Google, ganhou uma atualização importante e bastante estratégica. São três novidades:
1. Mapas Mentais interativos: A principal estrela do pacote é o novo recurso de Mapas Mentais, que transforma suas anotações e fontes em representações visuais e clicáveis. A ideia é facilitar a compreensão de tópicos complexos ao mostrar as conexões entre conceitos. O usuário pode navegar por temas, explorar relações e obter resumos em tempo real, mais dinâmico e visual.
2. Descoberta de fontes direto na plataforma: Outro reforço importante é a possibilidade de buscar novos materiais de estudo na própria interface do NotebookLM. Agora, é possível adicionar referências da web com mais facilidade. Isso torna o processo de construção de repertório mais fluido e centralizado.
3. Melhor leitura de PDFs com gráficos e imagens: O NotebookLM passa a entender melhor PDFs, inclusive os que contêm gráficos e imagens. A nova funcionalidade oferece suporte ampliado, tanto para arquivos anexados quanto para os que são compartilhados via link.
Mais um avanço na plataforma que tem grande potencial de rivalizar com o ChatGPT.
Editado e revisado por agenteGPT a partir de resumo feito pelo ChatGPT, identificado pelo uso dos emojis 🙋♂️🤖 ao lado do intertítulo, conforme regras da newsletter.
“Estamos ainda nos emparelhando, e, portanto, podemos colaborar para superar problemas comuns. O objetivo, portanto desse relatório, foi abrir as portas do Brasil diante do mundo para que se veja qual é o potencial e a visão brasileira para o desenvolvimento e o uso de uma inteligência artificial responsável, ética e que melhore o bem-estar da população”.
Caetano Penna, diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), em entrevista à Agência Brasil sobre o cenário da Inteligência Artificial no Brasil e suas perspectivas.
Penna é um dos autores do relatório Panorama Brasileiro da Ciência, Tecnologia e Inovação em Inteligência Artificial que indica que, considerando o período de 2000 a 2022, o Brasil ocupa a 15ª posição no ranking global de publicações sobre IA e mantém a liderança na América Latina.
O México aparece como segundo país latino-americano (25º lugar mundial), seguido pela Colômbia (50º lugar mundial). China (1º), Estados Unidos (2º) e Japão (3º) lideraram o ranking global nesse período.
