0111 - Quando a rotina muda, o uso do ChatGPT muda junto
Minha rotina profissional já não tem nada de linear há algum tempo. Quem lida com múltiplos projetos, clientes e demandas paralelas sabe: cada semana parece um pequeno ecossistema de tarefas, prazos e contextos diferentes. Foi justamente numa dessas transições — início de um novo trabalho — que me peguei reorganizando o uso que faço do ChatGPT. E percebi que esse movimento talvez seja mais comum [e necessário] do que parece. Nesse novo projeto, comecei a explorar a IA de forma mais ampla, indo além do que estava acostumado.
Combinei buscas mais profundas com Deep Research, criei uma pequena esteira de GPTs customizados — um para levantar referências, outro para transformar isso em pauta, outro para revisar e checar dados e mais um para ajustar SEO. Foi aí que caiu a ficha: quando o contexto muda, o uso da IA precisa pivotar também.
Mudança de rotina não é exceção — é regra
Troca de emprego, mudança de função, atendimento de clientes de setores diferentes, início de uma nova carreira ou novos projetos, como citei acima. Todos esses cenários obrigam uma reorganização mental e operacional. E isso vale também para a IA generativa.
Como já escrevi algumas vezes — inclusive em edições recentes da newsletter — o ChatGPT responde ao que você pede também a partir do que você compartilha e como você diz isso. Não peça, interaja, lembra? Se você mudou de contexto, precisa mudar também a forma de dialogar com a IA. Ela não adivinha — ela interpreta. E se continuar recebendo as mesmas instruções de antes, vai continuar entregando as mesmas respostas. Mesmo que o cenário já seja outro.
Tem um conceito do livro Essencialismo, de Greg McKeown, que cabe bem aqui: a diferença entre estar ocupado e ser eficaz. Quando a rotina muda, a tentação é adicionar camadas, criar mais prompts, testar mais ferramentas. Mas talvez o caminho seja o oposto: reduzir o ruído e focar no que realmente importa. Aplicar isso ao uso da IA significa:
Parar de usar o ChatGPT para tudo — e começar a usá-lo para o que faz diferença.
Redesenhar seus fluxos: onde a IA entra? Onde ela entrega mais valor?
Criar pequenos módulos especializados: um GPT para cada tarefa-chave pode ser melhor que um único chatbot genérico.
A questão não é usar mais, é usar melhor.
O desafio da adaptação: da dúvida à decisão
Quando a rotina muda, você está sob pressão — prazos, expectativas, novas informações. É natural deixar a IA de lado até “as coisas se ajeitarem”. Mas essa é uma escolha cara. Justamente nesses momentos, a IA pode ajudar a recuperar clareza, economizar tempo e evitar retrabalho.
Se sua rotina mudou, sua IA precisa entrar no novo jogo. E rápido. O ChatGPT já não é mais uma curiosidade — é infraestrutura criativa, suporte à decisão, parceiro de produtividade. Mas só entrega bem se for tratado como tal. E isso começa quando a gente aceita que a IA não vai se ajustar sozinha à nossa nova rotina.
Mude você primeiro. Depois, ensine a IA a te acompanhar.
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SOCIAL
IA como apoio na captação de recursos
É sempre uma satisfação compartilhar e conectar ideias, conteúdo e pessoas. E quando isso acontece conhecendo a rotina de quem faz um trabalho tão necessário como o do Instituto Padre Vilson Groh — e de toda a Rede IVG — o encontro ganha ainda mais significado.
Na última quarta-feira (21/05), participei de um desses encontros transformadores: uma manhã dedicada ao Programa de Formação Continuada do Instituto IVG, com foco em boas práticas e possibilidades reais de uso da Inteligência Artificial generativa na captação de recursos.
Fui convidado para falar sobre IA generativa com foco no ChatGPT [e também mostrei um pouco do NotebookLM] e, mais do que uma palestra, foi uma imersão — com sala cheia e cabeças fervilhando de ideias, como bem definiu a Simone Teixeira Marques, coordenadora do GT de Captação de Recursos do Instituto.
“Foram algumas horas de troca intensa com o objetivo claro de atualizar os captadores sobre o uso do ChatGPT e GPTs customizados. Saímos com novos repertórios para elaborar projetos, analisar editais e conversar melhor com doadores.”
Na palestra, apresentei também um GPT customizado, especialmente pensado para apoiar captadores de recursos sociais e educacionais para tarefas como analisar e resumir editais e sugerir argumentos e formatos de projetos.
A ideia é que CaptadorGPT seja cocriado com a participação ativa dos próprios captadores — e depois doado ao Instituto, para uso contínuo em uma conta própria [atualmente, está na minha conta com acesso via link].
Espero que tenha sido o primeiro de muitos encontros como esse.
📎 Conheça e apoie o Instituto Padre Vilson Groh.
POR FALAR EM ROTINA
Desperdício
Por que estamos desperdiçando potencial da inteligência artificial em tarefas triviais? [CartaCapital]
Ranking
Terapia e organização pessoal são os principais usos de IA em 2025 [Capricho]
AS ALTAS APOSTAS DO GOOGLE
E pensar que o Google investiu tempo e dinheiro no Bard…
Se a OpenAI roubou a cena com o GPT-4o, o Google respondeu à altura no seu evento anual, o Google IO, realizado na terça-feira (20). A empresa mostrou que não está para brincadeira e apresentou uma leva de atualizações e novos recursos baseados em Inteligência Artificial — incluindo o que talvez seja o modelo mais imersivo de geração de vídeo já feito: o VEO 3.
VEO 3: o vídeo que também fala
Imagine criar uma cena urbana à noite e não ouvir apenas os carros passando ou o som distante de um saxofone na calçada — mas também o diálogo entre dois personagens, tudo a partir de um simples comando de texto.
Essa é a proposta do VEO 3, novo modelo de geração de vídeo com áudio nativo integrado. Isso significa suporte não só para efeitos sonoros e ruídos de fundo, mas também para diálogos completos, adicionando uma camada de profundidade que torna qualquer projeto audiovisual mais próximo do cinema do que da computação criativa convencional.
Fiz alguns testes, sempre em português. Nos primeiros, áudio veio em inglês. Mas depois, sem eu mexer em configurações ou pedir o idioma no prompt, o vídeo veio com áudio em português. E o resultado surpreende e até assusta de tão preciso não só na fala mas de todo som ambiente “captado”. Veja o teste que fiz relacionado site Floripa.com, lançado em abril e do qual sou o editor.
Enquanto o Bard [Bard quem?] já ficou no passado, o Google mostra que está pronto para entrar na disputa pelo protagonismo na era da IA generativa — agora com imagem, som e movimento.
Leia também: VEO liberado
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ARTIGOS CIENTÍFICOS
🙋♂️🤖 Resumo com problema?
Um estudo, publicado na Royal Society, analisou quase 5 mil resumos de artigos científicos feitos por modelos populares como ChatGPT-4o, DeepSeek e LLaMA 3.3 70B. O resultado: até 73% dos resumos apresentaram imprecisões, com omissões de dados importantes, generalizações indevidas e interpretações equivocadas.
Em vez de avançar, os modelos mais recentes têm cometido mais erros do que versões anteriores — o ChatGPT-4o, por exemplo, foi nove vezes mais propenso a omitir informações do que seu antecessor.
📎 Leia mais.
Editado e revisado por agenteGPT a partir de resumo feito pelo ChatGPT, identificado pelo uso dos emojis 🙋♂️🤖 ao lado do intertítulo, conforme regras da newsletter.
TRABALHADORES NOS EUA
Faca de dois gumes
O relatório da PYMNTS Intelligence, com base em uma pesquisa com quase 3 mil pessoas nos EUA, mostra dados que mostram a percepção ambivalente dos trabalhadores em relação à IA generativa. De um lado, muitos reconhecem o potencial para a produtividade, mas, de outro, é forte o receio de substituição de empregos.
Principais dados do relatório:
54% dos trabalhadores (empregados, buscando emprego ou estudando) acreditam que a IA generativa representa um risco significativo de deslocamento generalizado de empregos.
Esse receio é maior entre os familiarizados com IA generativa (57%) do que entre os não familiarizados (41%).
38% temem que a IA possa eliminar seus próprios empregos no futuro.
Entre os que usam IA ao menos uma vez por semana, esse número sobe para 50%.
Entre os não familiarizados, cai para 24%.
74% dos usuários frequentes acreditam que a IA pode substituir elementos do seu trabalho — quase três vezes mais do que os não familiarizados (27%).
A preocupação com substituição de tarefas é mais alta no setor de tecnologia.
As gerações mais jovens (Geração Z e millennials) demonstram mais preocupação com o impacto da IA do que as gerações mais velhas (Geração X e boomers).
82% dos usuários semanais de IA relatam que a tecnologia pode aumentar sua produtividade.
📎 Saiba mais.
ASPAS
Reconexão
“Estou me abrindo para saber como é o alcance dela, até onde ela vai. São as linguagens, os pensares, os dizeres, as coisas, tudo isso que abastece a Inteligência Artificial. É minha obrigação contribuir para esse abastecimento dela”.
Gilberto Gil, opinando sobre Inteligência Artificial em sua participação na abertura do Festival Fronteiras, em Porto Alegre, ao lado do escritor Mia Couto.
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MEUS GPTs
GPTs ⚡ agenteINFORMA
Acesse e confira: linktr.ee/gpts.agenteinforma
IMPORTANTE
: Lembrando que os usuários da versão grátis podem degustar com limitações os GPTs da GPT Store. Saiba mais.
💬 Consultoria, treinamento e monitoramento
Na página do monitorGPT no site da agenteINFORMA, você encontra as informações para a contratação do serviço de gestão e construção de GPTs customizados e consultoria para adoção do ChatGPT e outras IAs na rotina do seu negócio.
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