Já virou regra: a Inteligência Artificial generativa está nas manchetes desde novembro de 2022, quando o ChatGPT chegou, mas nem sempre pelos motivos certos, na minha opinião. Quando não é uma crítica [por direitos, por ser desatualizada, por “não conhecer minha história...], é uma reportagem pitoresca que não tem ligação direta com o impacto da IA no dia a dia do usuário comum.
Reprodução X - Raony Phillpis
Estamos nesse momento mais uma vez, agora pelosresultados impressionantes gerados pelo VEO 3. Os vídeos virais em série da Marisa Maiô, apresentadora criada pela IA do Google pelo escritor e artista Raony Phillips, publicados no Twitter (atual X), chamaram atenção e foram parar até no Fantásticoda TV Globo. E sem dúvida estamos diante de uma ferramenta de grande potencial tanto para o bem quanto para o mal — dependerá sempre das intenções do usuário.
Para onde a visibilidade com VEO 3 aponta?
O que o Google fez aqui com o VEO 3 não é apenas mostrar que também sabe brincar de fazer vídeo — é sinalizar que está disposto e tem força para entrar para valer na briga com a OpenAI. E talvez, no terreno do vídeo, o Google já esteja um passo à frente, sendo mais avançado e aparentemente melhor que o SORA da concorrência. Me parece que, pela primeira vez, muitas pessoas possam estar finalmente relacionando a dona de tantos serviços que fazem parte do nosso dia a dia com Inteligência Artificial. Vocês não têm essa impressão?
Se havia dúvidas sobre a aposta do Google no campo da IA em 2025, o VEO 3 ajuda a dissipar parte delas. A empresa vem tentando há meses reposicionar sua estratégia, saindo da sombra do fracasso do Bard e do ceticismo inicial em torno do Gemini.
O VEO é mais uma peça nesse novo quebra-cabeça, mas tem potencial para servir de isca e atrair mais usuários e para competir com a ideia de que a OpenAI é quem dita as regras no mercado de IA? Deve estar atraindo investidores, mas viral não deve pagar todas as contas e pagar para fazer vídeos de 8s e mandar pros grupos da família e amigos não é definitivamente uma boa ideia.
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A exposição alcançada pelo VEO é um alento e tanto. Mas ainda há um longo para o Google, com o Gemini, percorrer, chegar e passar o ChatGPT.
De acordo com levantamento do Similarweb sobre o tráfego das ferramentas de IA nos últimos 6 meses, a liderança do ChatGPT é absoluta (87.5%), Gemini em segundo (5,4%) e os demais nem fazendo cócegas. Em maio, ainda segundo o Similarweb, o ChatGPT alcançou 5.492 bilhões de visitas, enquanto o Gemini ficou na marca de 527.7 milhões.
Para completar o cenário, o hype esbarra na realidade do uso útil da IA generativa, como aponta a Pesquisa Inteligência Artificial 2025, conduzida pela agência Conversion e que confirma que a IA deixou de ser um diferencial e se tornou uma presença constante — especialmente no ambiente digital. Veja os principais dados.
O cenário geral
A familiaridade com a tecnologia é quase universal:
98% dos entrevistados conhecem ferramentas de IA generativa.
93,9% já as utilizaram ao menos uma vez — ou seja, a fase da curiosidade foi superada.
A frequência de uso também é alta:
86,4% usam IA ao menos semanalmente, e quase metade (49,7%) a utiliza diariamente.
E quando se fala em IA, a referência é clara: ChatGPT é a primeira marca que vem à mente para 64,3% dos usuários.
Como os brasileiros estão usando IA?
A pesquisa aponta que as ferramentas são utilizadas, principalmente, para:
Buscar informações de forma mais rápida
Apoiar na criação de conteúdos e redação
Aumentar a produtividade em tarefas rotineiras
Além disso, há um impacto direto nos hábitos de navegação:
32,3% afirmam ter reduzido o uso do Google após adotarem ferramentas de IA.
Ainda assim, 65,2% confiam nos resultados dos buscadores tradicionais e 61,9% também confiam nas respostas das IAs — um empate técnico que mostra que o campo está nivelado, pelo menos em percepção de confiabilidade.
“Como artista, a gente morre de medo dessas coisas, né? Tipo assim, como que isso vai evoluir, que ponto que isso pode impactar no nosso trabalho. Mas ao mesmo tempo, eu acho que a gente tem que ver, né? Para entender: opa, é assim que funciona. Então ok, estou começando a entender”.
Raony Philips, artista e escritor, criador da apresentadora fictícia Marisa Maiô, criada com a ajuda do VEO 3 do Google. A personagem viralizou nas redes sociais com vídeos que muitos acreditaram ser de um programa real.
Um desligamento inesperado tirou o ChatGPT do ar por mais de 10 horas, tornando o a terça-feira (10) um dia atípico para que usa a IA em sua rotina. A falha afetou tanto os planos gratuitos quanto pagos, além de comprometer o uso de funcionalidades como o gerador de imagens SORA.
A OpenAI demorou praticamente o dia inteiro para restabelecer o serviço para a maioria dos usuários e não houve explicação técnica detalhada. Apenas a confirmação de que a falha foi “resolvida após monitoramento extensivo e correções na infraestrutura”.
Mais do que um contratempo técnico, o episódio escancarou a relevância e o alcance atual do ChatGPT. São 400 milhões de usuários semanais, espalhados por diferentes fusos, setores e idiomas. A falha desta semana não derruba o ChatGPT do posto de liderança, mas acende um alerta: com grande impacto, vem grande responsabilidade — inclusive na hora de comunicar o que falhou e por quê.
A OpenAI firmou acordo com o Google Cloud, o serviço de hospedagem em nuvem do Google, para complementar sua infraestrutura, anteriormente dominada pela Microsoft e Oracle. Isso permitirá aumentar a capacidade de computação necessária para treinar e atender a demanda do ChatGPT. A parceria reforça a importância crítica da infraestrutura robusta no futuro das plataformas de IA generativa.
Um amigo me mandou um link sobre o Manus.ai querendo saber minhas impressões. Comentei que tinha acessado, feito alguns testes, lido alguns reviews, mas ainda sem ter uma opinião sobre sua utilidade, na comparação com o ChatGPT e todas as suas funcionalidades.
Comentei que, sobre plataformas além da IA da OpenAI, acredito muito no potencial da NotebookLM, como já deixei evidente algumas vezes aqui na newsletter. Tem sido ótima para desenvolvimento de projetos, ideias e produtos, além de estudos de mercado e documentos.
Para explicar melhor, fui até o NotebookLM e reuni várias fontes para gerar um guia sobre a plataforma. Juntei referências técnicas do Google e também exemplos de uso. ?o resultado está no áudio abaixo, gerado pelo estúdio da IA. Ouça.
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NotebookLM na pratica
Estou desenvolvendo duas oficinas de uso do NotebookLM: uma para jornalistas e outra para agências de comunicação. Interessado? Mande um Whats.
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolveu, por meio do projeto Céos, um sistema baseado em Inteligência Artificial para auxiliar o Ministério Público de SC em investigações de corrupção. Chamado CONO (Coletor Automatizado de Notícias sobre Corrupção), o programa coleta e analisa automaticamente notícias de portais catarinenses, identificando termos como “fraude em licitação” e “mandado de busca”.
Utilizando técnicas de raspagem de dados e modelos de linguagem (LLMs), a ferramenta organiza informações sobre locais, valores e envolvidos, alimentando um banco de dados exclusivo do MPSC. O sistema já recebeu reconhecimento acadêmico e deve se tornar uma importante aliada tecnológica no combate à corrupção no estado.
É humano pensar que a Inteligência Artificial trabalha para e não com a gente e os resultados surgem num passe de mágica. Puro imaginário e, por isso, o risco de frustração é sempre alto.
🙏 HOMENAGEM: Esta e todas as próximas edições da agenteGPT são dedicadas a Mauro Gonçalves, meu pai, que, aos 77 anos, nos deixou na última quarta-feira (4).
O pai segue sendo nossa referência de amor, família, honestidade, justiça, educação, perseverança e dedicação. Ele teve uma carreira de sucesso no varejo como gerente da superloja do Koerich, a principal rede de Santa Catarina, na Deodoro, em Florianópolis. O pai entrou em 1973 e ficou quase 40 anos na empresa.
Não trabalhei no varejo, mas o pai me inspirou decisivamente e em meus 30 anos de jornalismo e comunicação eu praticamente só exerci funções de gerência e liderança. Além disso, a paixão do pai pelo Avaí, veio acompanhada pela paixão pelo rádio por causa dos programas e jornadas esportivas.
Vivenciar esse ambiente, além ativar a minha paixão para toda a vida pelo Avaí, também foi um dos gatilhos para que eu optasse pelo jornalismo no vestibular da UFSC em 1991. No curso, me preparei para trabalhar em rádio fazendo todas as disciplinas e sendo editor [gerente desde lá] do Universidade Aberta, o programa de rádio da UFSC. Acabei trabalho com jornalismo impresso e digital, mas com a referência do pai sempre presente.
Na página do monitorGPTno site da agenteINFORMA, você encontra as informações para a contratação do serviço de gestão e construção de GPTs customizados e consultoria para adoção do ChatGPT e outras IAs na rotina do seu negócio.
